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O Desemprego não é para todos
Just Leader
Alexandra Costa/Sentido das Letras


O Desemprego não é para todos


A dificuldade no recrutamento raramente ocorre nos cargos de chefia. (...) Os dados indicam que estão dispostos a aceitar novos desafios, opinião que é partilhada por José Caetano da Silva.  “Normalmente não temos, ao nível dos quadros, dificuldades aparentes”. Além disso, para estes cargos a pesquisa de candidatos é feita à medida da necessidade do clientes e não são utilizados os meios de recrutamento em massa (anúncios, análise de candidaturas espontâneas...). Aqui tudo funciona com base na pesquisa.


Onde faltam profissionais?


Os gestores de topo, na sua maioria, utilizam a sua rede de contactos para mudar de emprego.


Este é um cenário diferente daquele que surge nas notícias, ou divulgado pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional. Segundo José Caetano da Silva “Portugal tem continuamente um défice de talento”.


Outra justificação? Por um lado, segundo este executivo, há “pouca apetência dos quadros directivos para a mudança, existindo tiques de empregabilidade e segurança em lugar de desafio e empreendedorismo”.


Recorrer ao estrangeiro


Tudo isto faz com que, por vezes, as empresas de recrutamento e executive search tenham de recorrer ao mercado estrangeiro. Quer porque não conseguiram encontrar o candidato no mercado nacional ou por imposição do cliente. José Caetano da Silva aposta no recurso ao mercado de “nuestros hermanos”. Em seu favor está a proximidade e a dimensão do mercado que estimula a experiência.


Desemprego ataca profissões generalistas


Se os executivos de topo e os cargos mais técnicos não têm problemas em arranjar emprego, o mesmo não acontece com as funções mais generalistas. O número de candidatos não pára de subir e, como consequência, há mais oferta do que procura.


É certo que parte da população portuguesa tem apenas a escolaridade obrigatória (ou menos ainda) e que o nosso país tem a maior taxa europeia de abandono escolar. Mas estas não são as únicas razões para os números do desemprego. Para José Caetano da Silva “Em termos de formação existem inúmeros cursos superiores que não constituem uma ferramenta para a vida profissional activa, quer por serem demasiado fáceis, quer por versarem matérias que mais parecem cultura geral e não armas para enfrentar os desafios da sociedade moderna”.


Excesso de habilitações?


Excesso de formação é por vezes a justificação dada pela empresa na recusa de um candidato. Isto acontece porque muitos licenciados, ao não conseguirem colocação imediata, optam por enriquecer o seu conhecimento. Mas, por vezes, isso pode ser contraproducente.


Se isto pode ser um problema para os cargos mais generalistas ou os candidatos ainda no início de carreira, o mesmo não acontece com os executivos de topo.


Ter um MBA numa boa universidade é um elemento de relevo, mas mais importante é o uso que o candidato lhe dá. José Caetano Silva alerta para a situação oposta, a da sobre-qualificação, em que os profissionais são obrigados a fazer um downgrade da sua posição. “Considero natural que o executivo tenha de provar de novo”, conclui.


 


 






 
   
Emotional SalaryJosé Caetano da Silva
 
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